O que ando lendo

Somos Um - Jorge Camargo


Uma delícia de livro! Peguei emprestado já li, li novamente e de novo, mais uma vez, tô com uma pena de devolver (calminha Lys, seu livrinho ta de volta...rs)

O autor homenageia a vida e legado de alguns dos grandes místicos da história. Nos oferece cartões postais poéticos de alguns desses personagens cujas vidas foram de algum modo entrelaçados à sua. Irineu, Agostinho, Pseudo- Dionísio, Anselmo da Cantuária, Francisco de Assis, João da Cruz, Teresa de Àvila e Thomas Merton, compõem essa seleção de pensadoes místicos, que juntos com as canções inpiradas por seus escritos fornece ao leitor um vislumbre da sensível odisséia que só poder ser vista do olhar único da fé mística.

Só um pedacinho do que ele conta  sobre o Agostinho, e que também em muitos momentos ele diz coisas que eu não consigo dizer sobre a linguagem profunda e poética da inquietações diante das muitas perguntas na qual não tenho respostas...


Sede. Palavra, que designa anseio profundo, busca incessante por sentido e significado, a busca que é, por fim, a que todos empreendemos. Constatação de interioriade, entrada na intimidade no mais profundo de si mesmo, a descoberta da própria intimidade, que começa com ele e que se torna uma aquisição de todos nós.

O autor faz desse anseio, com a canção do Djavan, "Seduzir" (combinação mais que perfeita)

" Vou andar, vou voar
pra ver o mundo,
nem que eu bebesse o mar
encheria o que eu tenho de fundo"




"O meu coração não encontra descanso até que descanse em ti".



Recomendo!


Paz


Essa paz que eu sinto
Não vem desse mundo
Não vem de esperanças outrora perdidas


A paz que eu sinto não vem de prazeres
Não vem de alegrias que o mundo me dá


Essa paz que eu sinto
Vem de alguém que tem mais
muito mais que alegria pra oferecer
Vem de amor tão bonito
vem de um dar infinito
que até impossível tentar entender
é paz que invade a minh'alma
é paz que inunda o meu ser
é paz que me faz ser bem livre
preso só ao amor que me fez renascer


Jesus que traz paz sem limites
quero tê-Lo bem junto a mim
em ti, seu cuidado doce
doce como o mel
ahh o mel.

Dia primeiro

(foto: Laura Zandonadi por Dante Dastaldoni)



Encaixe de sentimentos,
Encontro suave com brisa,
O colorido me atingiu!
Estação das flores, dentro de mim!

É sorriso,
É amor,
Novo sonho,
Doce balanço
No balé das cores,
Dança de paz!

É ela, PRIMAVERA, que me beija a face!

Assoviar...

Festa! Já ouço o assovio
Tranqüilo, sereno e macio
Do vento que chega faceiro
Vem frio, pois vem lá da serra
Mas logo se aquenta, acelera
Tomando os espaços, ligeiro .
Balançam as folhas, folia
É vento que traz alegria
É sopro que faz respirar
Que agita o badalo do sino
E à pipa feliz do menino
Devolve o seu habitat
Assim também é todo aquele
Que o seu chamar não repele
Ventando pra lá e pra cá...
E Que faz do seu dia-a-dia
O riso de eterna alforria
Ao som de seu assoviar.

José Barbosa Junior, em 11 de setembro de 2010


Te vejo Poeta quando nasce o dia,

E no fim do dia quando a noite vem.

Te vejo Poeta numa flor escondida,

No vento que instiga mais um temporal.



Te vejo Poeta no andar das pessoas,

Nessas coisas boas que a vida me dá.

Te vejo Poeta na velha amizade,

Na imensa saudade que trago de lá.



Com tudo o poema, Tua obra de arte,

Destaque-se a parte numa cruz vulgar.

Custando o suplício de Teu filho amado,

mais alta expressão do ato de amar.
(Guilherme Kerr e João Alexandre)

Sobre o Guimarães Rosa

"O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafiam".