Vida, Amor, Chocolate

Li um comentário num blog favorito, que saltou-me aos olhos. Era a manhã do nono aniversário de casamento do blogueiro. Sem muito dinheiro, ele fora correndo comprar à sua esposa, a guloseima francesa preferida de ambos - , pain au chocolat (pão de chocolate). Depois de correr alguns quilômetros, ele chegou a casa, exausto e encontrou-a na cozinha tirando do forno croissants recheados com chocolate.Os tais pães de chocolate!
O marido blogueiro comparou a vida deles à vida de pessoas que fazem parte do conto de O. Henrry  "Presentes dos Reis Magos." O conto narra a história de um homem que vendeu o seu único bem de valor - um relógio de bolso - para comprar escovas de cabelo à sua esposa, mas ela vendera o seu longo e belo cabelo para comprar uma corrente de ouro para o relógio dele.
Seria maravilhoso não ter preocupações com o dinheiro. O importante é perceber o valor imensurável das pessoas que amamos. Precisamos nos lembrar que adquirir bens não é tão importante quanto apreciar as pessoas que Deus colocou em nossas vidas. Quando consideramos os outros superiores a nós mesmos aprendemos o significado; amar, servir e sacrificar (Filipenses 2:3). É desta maneira que imitamos o exemplo de Cristo em nossos relacionamentos (Efésios 5:1-2).
Vida, amor e chocolate são mais saborosos quando compartilhados.

O amor não teme a dedicação.
"Sede, pois, imitadores de Deus [...] e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós [...] - Efésios 5:1-2

Mudança de Estação

Não percebi a chegada do outono. Mas eu sentia que estava embarcando numa nova estação: todas as árvores que (não) plantei, de repente, estavam nuas. E eu caminhava num tapete de folhas e flores. Os caminhos também se estreitaram e tive uma sucessão de perdas, ou melhor, tive uma sucessão de trocas. E assim, como toda pessoa que tem um coração pulsando, fiquei assustada demais com as mudanças. Mas agora já consigo perceber beleza na nudez de cada uma das minhas árvores prediletas. Elas apenas estão trocando de roupa enquanto eu troco de pele, tamanha cumplicidade. Então, quando bate a ansiedade e meu coração taquicardíaco começa a doer, ponho a mão nele e digo a mim mesma: “Obrigada por, pelo menos, poder sentir que não estou sozinha”. Porque eu não perdi uma estação, eu perdi a mim mesma e agora me sinto como um prédio que foi demolido e está sendo reconstruído, tijolo a tijolo novamente. E esse processo é muito difícil, mas acho também a experiência mais bonita que uma pessoa possa vivenciar. Toda reforma, é para fazer melhoras e, algumas coisas, por não poderem ser recuperadas, terão de ser substituídas. E a gente se apega demais a tudo. Pois estou tão disposta às reformas, mesmo que isso inclua marretadas no meu coração logo pela manhã, bem cedo. A gente, quando enjoa da dor, começa a ressignificar os acontecimentos, e percebe que se agarrar a um momento bom, acelera o processo de cura.Tenho tido bons momentos e todos os dias Deus me dá uma alegria que ameniza qualquer desespero. Mas há tempos eu não consigo gargalhar. Eu que sempre tive isto como minha maior característica.
Paciência deve ser o meu aprendizado agora...Aceito e agradeço.

Discípulos do amor

O tema do amor cristão me parece um desafio em dois andares: o da ortodoxia, em cima, e o da “ortopraxia”, no térreo.

No andar de cima, encontro o ensinamento de Jesus e de seus apóstolos, inspiradores e desafiadores. Nesse âmbito, ouço Jesus dizer que seremos reconhecidos como seus discípulos se tivermos amor uns pelos outros (Jo 13.35); ouço Paulo orar por nós, para que, pela fé, tenhamos raízes e alicerces no amor (Ef 3.17); ou então João, a dizer que aquele que não ama não sabe nada de Deus (1Jo 4).

No andar de baixo, encontro o desafio da prática desse mandamento de Jesus, acrescido do entendimento apostólico de que fazer discípulos significa também ensinar a amar (Mt 28.19). Nas palavras de René Padilla: “Efetivamente, a experiência do amor de Cristo, que segundo Paulo ‘excede todo entendimento’, só é possível ‘com todos os santos’. Só é possível na igreja, ‘a família de Deus’, onde os discípulos aprendem a amar...”. 

O discípulo de Cristo precisa conhecer o que seu mestre espera dele. Para isso, observa as palavras e atitudes do mestre. Considera o que os apóstolos ensinaram e como eles vivenciaram o ensino e o exemplo que Cristo lhes deu. Por outro lado, o “discípulo do amor” precisa manifestar em sua vida comunitária esse sinal, essa marca da nova vida que recebeu do Espírito Santo. 

Eis o desafio dialético: precisamos aprender e ensinar a amar -- nos dois andares! Não basta abrir a Bíblia e aprender sobre o amor. O ensino fica incompleto. É preciso coerência com o térreo, com a “ortopraxia”: a prática correta; uma escada ligando os dois andares.

Surge, assim, a questão inevitável: como se aprende a amar? Minha resposta: no andar de cima, obedecendo; ou seja, sem considerar as emoções (se gosta ou não). Apenas amando: abençoando, fazendo o bem, permitindo o bem, ensejando o bem a amigos e a inimigos. Já no andar de baixo, aprende-se a amar “sendo amado”. Sim, é uma dimensão passiva da pedagogia divina. É aqui, me parece, que a experiência do amor de Cristo “excede todo entendimento”. É onde aprendo sobre a graça e o afeto, sobre a segurança que o amor de Deus traz, sobre a incrível sensação de ser amado, apesar de ser conhecido como realmente sou.

Que conflito! Meu maior “sonho” é ao mesmo tempo meu maior “temor: ser conhecido”. Na transparência (que advém da proximidade e que permite a comunhão) posso encontrar descanso e paz. Entretanto, posso encontrar, também, rejeição. O temor é que, quando descobrirem meus defeitos, passem a me odiar. 

Porém, João nos exorta a, pela fé, vencermos nossos medos e aprendermos, com sabedoria e oração, a “andar na luz”. As palavras que ele usa para “luz” são: verdade, confissão, perdão e purificação (1Jo 1.1-10).

-- Transparência? Confessar tudo? Na minha igreja? Me colocam na rua! Talvez nos falte um pouco do andar de baixo. 

Procuram-se “mestres do amor”: gente que aprendeu a amar porque foi muito amada -- apesar do seu pecado. Incondicionalmente, portanto. Oferecem-se “discípulos do amor”: gente desconfiada, que não crê mais nisso -- mas que está disposta a tentar uma última vez.

Nota
1. A formação de discípulos, Ultimato, janeiro/fevereiro de 2011.

• Rubem Amorese é consultor legislativo no Senado Federal e presbítero na Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília. É autor de, entre outros, Louvor, Adoração e Liturgia e Fábrica de Missionários -- nem leigos, nem santos.
ruben@amorese.com.br

Quando dói

Não grite sua dor aos quatro ventos, procure ajuda. Não exponha demais suas mazelas, respeite seu luto e o silêncio que vem junto. A vida é cíclica e tudo faz sentido, mesmo que demore muito.E não deixe nunca de confiar no seu poder de superação: é a maior dádiva que a Vida nos deu. A melhor fase ainda virá, acredite. Fale do seu íntimo com as pessoas certas e não banalize sua “esquizofrenia”: ninguém precisa acordar e ir dormir com o mesmo humor. E se achar que está enlouquecendo, experimente a loucura, pode até ser divertido. O tédio do mundo está na falta de cor das pessoas aparentemente “normais”, mas ele também precisa delas para funcionar. Ninguém é tão feliz o tempo todo e a vida não é linear assim: cinismo é diferente de otimismo. Seja alguém de verdade. E se deixe tocar pelas coisas que se comunicam com você lá dentro. Se não encontrar amparo do outro, dê-se. Não queira que sintam pena de você: não sentimos pena de quem admiramos. Reflita, reflita, agasalhe-se de bons pensamentos, funciona em algum momento. E pare de falar mal dos outros: todo réu teve sua oportunidade dada pela “tal vítima”.

(Marla de Queiroz)

Perdão... Encarnação da Graça

Olá, olá...
depois de 100 anos um post...
rsrsrsrsrs...

Hoje eu vim aqui falar um "tiquim" sobre perdão...ain...assuntinho complicado. Complicado quando o magoado ou magoada é você.
A bíblia nos ensina e nos mostra vários versículos que falam sobre: 

Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas. [Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está no céu, não vos perdoará as vossas ofensas.] 
Marcos 11:25-26
suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. 
Colossenses 3:13
Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete. 
Mateus 18: 21-22

Você quer perdoar? 
Então decida.
Perdão é uma decisão. 

Então, ao decidir, decida também matar os temas como ilustração para sempre...
Se você diz que perdoou apenas porque aceitou o culpado, mas lembra a ele de seu erro sempre que ele erre, então, você não o perdoou, apenas o seqüestrou a você.
O perdão não tira a nossa memória dos fatos, mas tira a emoção deles, e, além disso, mata o fato/passado como argumento para a vida contra a pessoa.
Ninguém é obrigado a ficar com ninguém mesmo depois de perdoar o ofensor...
Aliás, até para que duas pessoas se separem é essencial que se perdoem...
No entanto, se decidem continuar perdoadamente juntos, então, que o tema da ofensa não volte nunca mais...
Cada ofensa é uma ofensa... Quem perdoa lida com cada uma, não com o montante das ofensas, pois, se a cada nova ofensa tudo voltar..., é porque perdão nunca houve.
Jesus mandou perdoar até 70X7 o mesmo individuo em um só dia... Mas a cada perdão não se deve trazer a multidão dos outros para o encontro com a verdade... Ou, então, melhor é não dizer que se perdoou...
O grande desafio do perdão é desistir da ofensa do outro como direito nosso contra ele!
Quem perdoa não perde a memória, mas desiste do direito de acusar ou de reter a memória como raiva ou crédito...
Por isto o perdão é um ato de fé e não de emoção...
Pela emoção ninguém perdoa ninguém...
Somente pela fé que antes olha para o próprio perdão que se recebe de Deus todos os dias..., é que alguém pode praticar o perdão como decisão de graça e como privilégio...
Se perdoar não se tornar um privilégio..., creia: ninguém perdoa.
Somente quem diz de verdade “é meu privilégio perdoar”... é que de fato perdoa de modo perdoado mesmo...
Mas enquanto perdoar é um fardo e uma obrigação, todo perdão será apenas sacrifício...
Perdão é vida quando se torna privilégio em fé!

" Senhor ajuda-me a ser uma pessoa que perdoa. Mostra-me em que áreas não tenho agido desse modo. Se há alguma amargura, algum ressentimento ou rancor oculto em meu coração, mostra-me e eu te confessarei o pecado. Peço de forma específica que me ajudes a perdoar inteiramente (...) . Que eu possa compreender a profundidade do perdão que recebi de ti e não deixe de concedê-lo a outros. Sei que o perdão não justifica as ações da outra pessoa, mas me liberta dos laços da amargura. Também sei que somente tu conheces a história toda e farás justiça. " 

Nele, que me perdoa,
Lore. 

Porque tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam. Salmos 86:5 




Amanhecida.




Acordei completamente amanhecida. E tinha um brilhinho de sol em cada gotinha da chuva fina na manhã de hoje. Alguma coisa me diz que coisas grandiosas estão por vir. Por isso abro meu coração pra alegria, pra vida e pro sol que acaricia e não machuca. E é nesse estado de gratidão e contentamento que qualquer pensamento negativo que eventualmente surja, morrerá de inanição.

Marla de Queiroz.